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Resumo
Na aurora de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza. Tementes dos perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana, perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos da natureza.
Palavras-chave
Religiões afro-brasileiras
Sacrifício
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Como Citar
PRANDI, R. Os orixás e a natureza. Estudos Afro-Brasileiros, v. 3, n. 2, p. 285-307, 9 ago. 2022.
Referências
- ABIMBOLA, Wande. Ifá Divination Poetry. Nova York, Londres e Ibadan: Nok Publishers, 1977.
- ABIMBOLA, Wande. Ifá Will Mend our Broken World: Thoughts on Yoruba Religion and Culture in Africa and the Diaspora. Roxbury, Massachusetts: Aim Books, 1997.
- LÉPINE, Claude. As metamorfoses de Sakpatá, deus da varíola. In: MOURA, Carlos Eugênio Marcondes de (org.). Leopardo dos olhos de fogo. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998.
- PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.